O planejamento do governo federal é votar a medida provisória 1031, que capitaliza a Eletrobras, em duas semanas para permitir que o texto volte para a Câmara com folga para que seja aprovada até 22 de junho, quando perde sua validade. Simultaneamente, o agravamento da crise hídrica nos últimos dias acirrou os ânimos no mercado e no setor elétrico, contando também com reflexos em Brasília. A informação é da agência epbr.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico informou quinta-feira que irá flexibilizar as restrições hidráulicas em sete usinas hidrelétricas e, na prática, fará com que os reservatórios sejam usados abaixo das cotas mínimas para garantir a geração de energia. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), foi às redes sociais para criticar a decisão do governo em liberar o fluxo da bacia do rio Paraná e a decisão que afeta a usina de Furnas.
Fontes ouvidas pela epbr avaliaram que o parlamentar ficou muito irritado com a iniciativa do governo e considerou uma traição ao acordo feito entre a bancada de Minas Gerais e o ministro Bento Albuquerque. Pacheco classificou a medida como “política energética sem ideias”, que pode reduzir os níveis da água e prejudicar outros usos do lago, como abastecimento, turismo e agropecuária. Deixou claro que endereçou suas observações ao Ministério de Minas e Energia, pasta ao qual o Operador Nacional do Sistema é vinculado.
A previsão de contratação de capacidade de 6 GW em termelétricas, inserida pelo relator Elmar Nascimento (DEM/BA), foi defendida por lideranças do governo como uma forma de garantir maior disponibilidade de despacho de energia. “Estamos aqui nos comprometendo a adquirir mais 6 gigawatts de energia térmica. Por quê? Porque a crise hídrica de agora vai continuar por algum tempo”, disse o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), enquanto orientou favoravelmente à proposta. Leia mais.
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