A nomeação de um homem para comandar a Delegacia da Mulher em Maringá está gerando polêmica e levou o Fórum Maringaense de Mulheres a emitir nota de repúdio. A mudança ocorreu formalmente no dia 26 de maio, quando foram publicadas as portarias. 26 de maio apucarana, a pedido

A Delegacia da Mulher era comandada desde 2019 por Luana Louzada Pereira Lopes, substituída por Rodolfo Vieira Nanes, da 23ª Delegacia Regional de Marialva. A determinação foi da Divisão Policial do Interior. Os dois delegados ingressaram no serviço público estadual em 2016. Luana retornou à DM, a pedido. A nota do FMM assinala que o fato “se ter uma delegada mulher possibilita que a mulher em situação de violência se sinta acolhida para relatar a violência sofrida, seja um estupro, uma agressão, um assédio ou outras formas. Portanto, nosso repúdio é no que se refere a representatividade de gênero, e que um delegado homem (seja ele quem for) implica diretamente no recuo das mulheres em denunciar, pois, a figura masculina pode se tornar um “gatilho” para as vítimas, ou seja ser associada ao agressor e inibir a denúncia por parte da vítima”.

“Não discutimos a competência e o profissionalismo do delegado, o que discutimos é a afronta a uma luta histórica do movimento organizado de mulheres para que exista uma Delegacia da Mulher comandada por uma mulher para o acolhimento das mulheres em situação de violência. Que seja revogada a nomeação do delegado para a DM e que a cidade de Maringá tenha uma delegada da mulher como sempre teve desde os primórdios da criação da DM”, finaliza a nota.

(Foto: Pingafogo.com e CBN)