Maringá, a Hollywood brasileira?
Imaginou Maringá uma Hollywood brasileira? Pois o roteirista José Carlos Padilha (foto), que fundou a Oscip Pólo Cinematográfico de Maringá em agosto do ano passado, acredita que isso é possível.
Em entrevista à TV Câmara de Maringá, dias atrás, ele disse que com R$ 40 milhões (1/3 do que está sendo gasto com o Hospital da Criança) pode iniciar o que seria algo como uma nova Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Ele conta que saiu de Campo Mourão para Curitiba, há 25 anos, e que a indústria do cinema pode gerar 10 mil empregos na cidade. Em fevereiro o prefeito Ulisses Maia assinou ofício à Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cultura, informando o compromisso de cessão de um terreno de 5 mil metros quadrados e solicitando recursos federais na ordem de R$ 40 milhões para implementação e construção do polo, que seria o maior das Américas, depois de Los Angeles, Califórnia (EUA). “Agora que venha Cannes!”, comemorou numa rede social
O projeto tem como referência o Pólo de Cinema de Paulínia (SP), que existiu de 2008 a 2014. Paulínia tinha dinheiro sobrando por causa do polo petroquímico, mas por diversas razões a ideia naufragou. Hoje a produção de filmes e séries está voltada ao chamado streaming, visto que hoje as salas de cinema do país mantêm somente 10% da ocupação do período pré-pandemia, e exibidores vivem à base de empréstimos e adiamentos de dívidas, segundo reportagem de O Globo, publicada ontem.