Secretaria de Saúde assegura R$ 1,3 bilhão em investimento e custeio no primeiro quadrimestre de 2021
As ações da Secretaria de Estado da Saúde no primeiro quadrimestre de 2021 foram apresentadas hoje na Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná, presidida pelo deputado estadual Dr. Batista. O destaque foi o enfrentamento da covid-19.
Nesse período, a pasta assegurou R$ 1,3 bilhão em investimentos e custeio na área, o equivalente a 10,2% do orçamento anual do Estado. A previsão legal é que a aplicação na Saúde, no exercício de um ano, corresponda a no mínimo a 12%.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, fez um balanço das medidas. “O cenário da pandemia muda constantemente e o Governo do Estado não tem medido esforços para proporcionar atendimento a todos os paranaenses infectados pela doença”, disse.
Ele ressaltou a criação dos mais de 4,8 mil leitos exclusivos covid-19, sendo 2 mil UTIs e mais de 2,8 mil enfermarias, que representam cerca de 48 hospitais de campanha com ao menos 100 leitos cada. É a maior estruturação hospitalar já executada na história do Estado, posibilitando atendimento de mais de 86 mil pessoas.
“Seguindo a orientação do governador Ratinho Junior, optamos pela criação de leitos exclusivos dentro da rede hospitalar já existente para reforçar o atendimento regionalizado e proporcionar investimentos permanentes nos serviços”, afirmou.
Beto Preto também disse que o Paraná é o sexto estado do País que mais aplicou vacinas contra a covid-19 porque conta com uma logística de distribuição dos imunizantes de aproximadamente 24 horas entre o recebimento das doses pelo Estado e o envio aos municípios. Já foram aplicadas 4.107.914 doses de vacina contra a doença até a manhã desta quarta-feira (9).
GESTANTES – O secretário também falou sobre o crescente número de óbitos em gestantes causadas pelo novo coronavírus. Cerca de 63% dos óbitos maternos são suspeitos da doença. Segundo Beto Preto, embora o Estado possua um controle rígido dos casos, com reforço de medidas restritivas, essas mulheres têm se contaminado porque o vírus está em transmissão comunitária.
“Os dados mostram que o vírus está atingindo cada vez mais gestantes e a vacinação destas mulheres é, sem dúvida, muito importante e ajudará a salvar tanto a vida delas quanto dos seus bebês. Por isso, estamos provocando uma discussão junto com outros estados e municípios para retomarmos a vacinação das gestantes, mesmo sem comorbidades, visto que este grupo possui prioridade na vacinação”, ressaltou.
A Sesa também apresentou os dados referente à mortalidade materna e infantil no Paraná, tendo como objetivo reduzir a razão da mortalidade materna para 36,49% – atualmente em 78,3% – e baixar a taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos dos atuais 10,3 para 10,1.
“Gostaria de cumprimentar a equipe da Secretaria por não politizar o tema e conduzir as ações com serenidade, de fato isso é muito importante e as ações têm sido tratadas com muito cuidado neste aspecto, diferente do que é observado no País”, disse o deputado estadual Evandro Araújo.
REDE DE ATENÇÃO – O fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde também foi destacado durante a apresentação. A Secretaria realizou ações para evitar o desabastecimento de medicamentos elencados no chamado “kit de intubação”, mantendo uma média de pelo menos um envio semanal para hospitais do plano de atendimento covid-19 e aos municípios.
Também monitorou o uso do oxigênio nas unidades hospitalares de todo o Estado e criou uma rede para doações e envio destes insumos para as regiões mais afetadas, possibilitando que nenhum paciente ficasse desassistido.
No primeiro quadrimestre do ano, mais de mil equipamentos foram enviados aos municípios, somando R$ 20,5 mil em investimentos. A Sesa também desenvolveu uma estratégia inovadora de testagem e cuidado aos idosos, além de intensificar a manutenção e a atenção a este grupo após a vacinação, com o lançamento de campanha digital para reforço das medidas de prevenção.
O Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) realizou 33.969 exames RT-PCR neste período para detecção do vírus Sars-CoV-2 e de outros vírus respiratórios simultaneamente, como diagnóstico diferencial para a covid-19, de casos graves, óbitos, gestantes e unidades sentinelas. O Estado como um todo já realizou mais de 2,9 milhões de testes. (AEN)
(Foto:Dálie Felberg/Alep)