Vereador-empresário que desrespeitou decreto municipal contra covid-19 quer ser tratado de forma diferente

O já folclórico vereador Cristian Marcos Maia da Silva, o Maninho (PDT) – aquele que admitiu ter descumprido a legislação na pandemia, tomado remédio pra cachorro e ‘inaugurou‘ lombada -, mostrou-se brabo na sessão de ontem da Câmara de Maringá. Ele, que gosta de falar que defende os pequenos comerciantes – e quem o ouve até acha que ele é, mas o vereador possui um grande açougue na avenida Palmares e uma distribuidora de carne -, não queria cumprir o decreto municipal e funcionar normalmente no domingo. Algum contribuinte de bom senso o denunciou à fiscalização e ele não gostou.

Decerto Maninho não ficou sabendo da situação caótica na saúde por causa da covid-19, que hospitais estão lotados, alguns fechados, e que até há falta de insumos. Alguém de sua assessoria poderia lhe informar a respeito, e pode até ser a assessora parlamentar, que recebe R$ 6.931,21 mensais, e é mulher de um primo seu. A nomeação não implica nepotismo, mas é moralmente questionável. O vereador não é diferente do resto da população, e já que aparentemente nenhum de seus colegas vai repreendê-lo e recomendar retidão e humildade, é bom que todos fiquem de olho em todos os maus comerciantes, inclusive os que querem ter acesso indevido ao processo de fiscalização para poder burlá-lo.