A Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, atingiu em maio a marca de 50 mil clientes ativos. São empreendedores informais, MEIS, microempresas e também empresas de pequeno e médio porte, que contrataram empréstimos ou financiamentos com recursos próprios da instituição, do Fundo de Desenvolvimento Econômico, repasses do BNDES, BRDE ou da Finep, e ainda dos chamados ativos do Estado.
O diretor-presidente da instituição, Heraldo Neves, afirma que esta é uma marca significativa, que mostra a importância e a maturidade da instituição no cenário estadual ao executar políticas públicas fundamentais para apoiar o empreendedorismo.
“Hoje temos uma carteira de crédito que beira os R$ 530 milhões no âmbito do setor privado e quase um bilhão de reais em crédito ao setor público, para financiar os municípios. É uma contribuição importante em recursos que colocamos na economia estadual, para ajudar a manter os pequenos negócios ativos, gerando renda e mantendo empregos”, afirma Neves.
“Boa parte dessa clientela foi justamente do público empreendedor de menor porte, os que mais precisam da mão do Estado. São informais, MEIs, micro e pequenas empresas, que estão enfrentando dificuldades por conta dos efeitos da pandemia na atividade econômica”, completa.
MICROCRÉDITO – Segundo o diretor, somente no período da pandemia, a partir de abril de 2020, a instituição firmou mais de 36 mil contratos, com destaque para a linha Paraná Recupera, executada com recursos do FDE — que foi limitada a R$ 6 mil no ano passado e a R$ 5 mil neste ano e liberou mais de R$ 152 milhões em pequenos empréstimos.
O foco da instituição no momento está voltado à linha de microcrédito, que envolve empreendimentos com faturamento anual de até R$ 360 mil. São empréstimos e financiamentos de até R$ 10 mil para informais (atividades que podem ser MEI) ou quem tem uma empresa formalizada, mas ainda não completou 12 meses de CNPJ. Quem está formalizado como MEI ou microempresa há mais de um ano pode contratar até R$ 20 mil.
“Conforme a determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, fizemos estudos e reduzimos as taxas de juros do microcrédito para um patamar muito competitivo e estamos trabalhando nesse esforço em parceria com a rede de agentes de crédito nos municípios”, detalha o diretor-presidente.
Com essa medida, o Banco da Mulher Paranaense, que tinha taxas a partir de 0,76% ao mês, agora conta com empréstimos e financiamentos a partir de 0,45% ao mês. No Banco do Empreendedor a menor taxa mensal passou de 0,91% para 0,60%.
“Também desenvolvemos uma plataforma digital, como forma de atender também aos empreendedores naqueles municípios onde não temos parceria firmada com a prefeitura. Nesse caso o acesso é direto pela página da instituição na internet”, continua Neves.
O diretor destaca, ainda, o sucesso do programa Banco da Mulher Paranaense, que já beneficiou mais de 4.500 empreendimentos com créditos que somam quase R$ 55 milhões, contratados desde setembro de 2019.
RENEGOCIAÇÃO E CADIN – Além de crédito novo, a Fomento Paraná também continua aberta à possibilidade de renegociação de contratos com os atuais clientes que estejam com dificuldade de pagamento de algumas parcelas ou eventualmente em atraso.
“A renegociação permite desde a suspensão de pagamentos de algumas parcelas, no caso da linha Paraná Recupera, até suspensão de pagamentos com alongamento de prazo, se necessário, para o microcrédito”, explica Nildo Lubke, diretor Jurídico.
O diretor informa ainda que, a partir desta quinta-feira (10), todas as solicitações de crédito e de renegociações de contratos da Fomento Paraná estão dispensadas da apresentação das certidões de débitos estaduais, bem como da consulta ao Cadastro Informativo Estadual – Cadin. (AEN)
(Foto: Ari Dias)