Da CartaCapital:
O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), e o senador Otto Alencar (PSD-BA), titular da comissão, reagiram neste domingo à decisão da médica pró-cloroquina Nise Yamaguchi de levá-los à Justiça por fatos ocorridos durante seu depoimento ao colegiado, no início de junho. Ela diz ter sido vítima de misoginia e humilhação e cobra indenização de 160 mil reais de cada um.
Pelas redes sociais, Alencar afirmou que a CPI começou a identificar “muitos pagamentos com dinheiro vivo de pessoas ligadas ao governo federal”. No caso de Yamaguchi, diz o senador, “oito passagens aéreas para deslocamento até Brasília foram pagas desta forma, o que poderá levar à CPI a ouvir a médica novamente”.
Aziz, em entrevista à CNN Brasil, reforçou que a comissão “já detectou” os pagamentos em espécie. “Ela [Nise] disse para a gente que foram três viagens a Brasília, mas foram 13, das quais oito pagou com dinheiro vivo. Ela tem muito mais a explicar do que eu”, declarou.
O presidente da CPI também mencionou uma nota divulgada pelo colegiado no sábado 19, horas depois de o Brasil registrar a marca de 500 mil mortes pelo novo coronavírus. No texto, assinado também por Aziz, os senadores afirmam que “os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches” e que os culpados, a depender da CPI, “serão punidos exemplarmente”.
“Acho bom ela ler a nota e não se preocupar comigo e com o senador Otto. Ela tem que se preocupar com os pacientes que foram a óbito com o tratamento que ela dava, na Prevent Senior, no Hospital [Albert] Einstein. A CPI vai requisitar dos hospitais em que ela trabalha todos os boletins, todas as prescrições dela e quem se salvou ou não. Senão, a Prevent Senior vai para a CPI também”, acrescentou Aziz. Leia mais.
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)