Covaxin: um saco de velocípedes
De Ricardo Rangel, no site da Veja:
Era uma vacina da qual nunca ninguém tinha ouvido falar, e ainda estava longe do término do processo de testagem. A escolha da vacina foi feita em tempo recorde, enquanto a Pfizer estava havia meses na geladeira e outras não estavam sequer no radar. Foi a única comprada via empresa intermediária. A empresa é suspeita de irregularidade num caso anterior de fornecimento ao Ministério da Saúde. O preço era mais alto do que o das outras.
O presidente da República se envolveu pessoalmente na escolha. Ricardo Barros, líder do governo que fez a MP que permitiu que se comprasse a vacina, era ministro da Saúde em 2017, quando ocorreu o caso anterior em que a atual intermediária era suspeita de irregularidade. (…)
O caso Covaxin tem cara de corrupção, jeito de corrupção, cheiro de corrupção. Resta saber quem são os corruptos, quem são os corruptores e, acima de tudo, se o esquema envolve o presidente da República. Leia na íntegra.