Governo encomendou 50 milhões de doses da Covaxin um dia após aprovação de emenda de autoria de Ricardo Barros

Um dia após o Congresso aprovar uma Medida Provisória modificada por uma emenda do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (foto), para agilizar o processo de aprovação da vacina Covaxin pela Anvisa, o Ministério da Saúde acionou a Precisa Medicamentos, intermediária da vacina indiana no Brasil, para encomendar mais um lote de 50 milhões de doses. A informação, tornada pública hoje por André Spigariol, consta de um documento entregue pelo Ministério da Saúde à CPI da Pandemia.

A secretaria-executiva do órgão, então comandada pelo coronel Élcio Franco, disparou ofício em 6 de março à Precisa Medicamentos com o tema ‘Aquisição de 50 milhões de doses de vacina contra a covid-19 adicionalmente aos contratos celebrados entre a União e a empresa Bharat Biotech, representada pela empresa Precisa Comercialização de Medicamentos”. No dia 5 de março, o Congresso havia aprovado a medida provisória com as modificações sugeridas por Ricardo Barros.

O contrato assinado com a Precisa para fornecimento de 20 milhões de doses, ao custo de R$ 1,6 bilhão, está na mira da CPI e do Ministério Público Federal, que encontrou indícios de crime na compra. Trata-se, lembra Spigariol na Crusoé, da vacina mais cara adquirida pelo Ministério da Saúde.

(Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)