Barros trocou mensagens com Miranda na quarta-feira

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) declarou em entrevista a Diego Amorim que o deputado federal Ricardo Barros (PP) entrou em contato com ele, na quarta-feira, querendo conversar. “Vamos falar, amigo?”, foi a mensagem enviada às 10h23, depois que Miranda tinha dado uma entrevista sobre o caso. “Sempre, agora?”, respondeu Miranda, irmão do servidor do Ministério da Saúde que detectou irregularidades na contratação da empresa Precisa Medicamentos para aquisição de vacinas Covaxin. Apesar do sinal positivo, Barros não entrou mais em contato.

Às 20h32 Barros mandou no aplicativo de mensagens um link com a coletiva de imprensa com a fala do de Onyx Lorenzoni informando que o presidente mandou investigar os dois irmãos que lhe foram levar a suspeita de corrupção em 20 de março. “Ameaçar testemunhas que não atacaram o governo é crime grave. Já pedimos a prisão do ministro, proteção policial, pois ele afirma que nos veremos com ele. Eles quem?”, retrucou Miranda. Ricardo Barros não respondeu mais.

Embora não acusando diretamente o parlamentar maringaense, ele disse em outro trecho da entrevista que está enfrentando uma organização criminosa que faz coisas erradas em meio à pandemia, colocando vidas em risco. Miranda citou o diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, responsável por compras do órgão, Roberto Ferreira Dias, como peça-chave. Dias, ex-Cohapar, foi indicado e recomendado pelo ex-deputado Abelardo Lupion e por Ricardo Barros.

(Montagem: Rede Brasil Atual)