Muito além da Covaxin
Ontem o jornalista Hugo Souza, de Niterói, publicou a respeito de um assunto que já havia sido abordado aqui havia alguns dias, o fato de uma farmacêutica de Maringá ter assinado contrato de intenção de compra de 60 milhões de doses com o Ministério da Saúde no início deste mês, e as ligações com o deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro. Só acrescentou que o preço da dose será, se a aquisição for formalizada, por 17 dólares – mais cara, portanto, que a Covaxin (US$ 15), que está desaguando no maior escândalo dos últimos anos.
Hoje ele fez a seguinte publicação, que dá título a esta postagem: “Ontem publiquei post sobre a ligação de Ricardo Barros com a família responsável pela Belcher, a farmacêutica de Maringá – reduto político de Barros – que assinou contrato com o Ministério da Saúde para intermediar a compra de uma vacina Chinesa chamada Convidecia por US$ 17 a dose, num negócio que vai passar de R$ 5 bilhões. Será a vacina mais cara do Brasil. O negócio está na dependência de aval da Anvisa. Hoje acrescentei informações ao post. A principal, esta: “No dia 6 de janeiro de 2021, há poucos meses, portanto, foi aberta em Maringá a empresa Rcy Brasil & Belcher Spe Ltda, com atividade principal de “Comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano”. No quadro de sócios e administradores da novíssima firma consta a Belcher e a Ribetech Participacoes Sociais LTDA, pessoa jurídica com capital social de mil reais representada pela pessoa física Francisco Feio Ribeiro Filho – Chiquinho Ribeiro, o velho conhecido de Ricardo Barros”. “A Rcy Brasil & Belcher funciona no mesmo endereço da Belcher em Maringá, no número 21102 da rua Rodolfo Cremm, numa construção tipo galpão rodeada por terrenos baldios, segundo mostra o último registro feito pelo Google Street View, em 2020. A farmacêutica maringaense que é parte em um contrato de mais de R$ 5 bilhões com o Ministério da Saúde tem o número de identificação do seu imóvel-sede apenas e tão somente escrito à mão no poste de ligação de energia”. O link para o post completo está no primeiro comentário. Repito: a CPI tem que dar uma olhada nessa história”. A revista Forum também publicou matéria a respeito.