De Reinaldo Azevedo, no UOL:
O Planalto manda dizer que o deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR) permanece na liderança do governo na Câmara. Ora, ora, quem está surpreso. Afinal, é Barros quem garante o emprego de Bolsonaro, não o contrário. A notícia, dada por sua essência, deveria ser assim: “Barros manda dizer que Bolsonaro permanece na Presidência da República”.
Não entendeu?
Se o Centrão se juntar à oposição em favor do impeachment do presidente, ficariam faltando poucos votos para mandar Bolsonaro para o arquivo da política, hipótese em que ele daria início a uma longa carreira no direito penal. E, claro, seria necessário ter uma decisão monocrática inicial de Arthur Lira (AL), também do Progressistas. Na condição de presidente da Câmara, a ele acabe o ato inicial para que o impeachment prospere. Não o fará. A menos que… Bem, aí as coisas ficam por conta do desenrolar dos fatos.
Uma coisa é certa: Bolsonaro não vai defenestrar Barros porque precisa de apoio mais do que nunca. E olhem que o deputado tem um jeito, digamos, muito frio e muito técnico de se defender. Fala como um criminalista, não como alguém que, segundo o deputado Luís Miranda (DEM-DF), foi acusado pelo próprio presidente da República de estar por trás do rolo da Covaxin. Leia mais.