Em nota, Belcher diz que não representa mais a CanSino

Em nota, a Belcher Farmacêutica, de Maringá, confirma informação dada ontem à noite em reportagem do programa Fantástico, de que, segundo o Ministério da Saúde, a CanSino descredenciou a empresa com sede em Maringá e as negociações de compra das 60 milhões de doses foram canceladas. Confira a ntota:

“A Belcher Farmacêutica informa que, desde o dia 10 de junho de 2021, não mais representa formalmente no Brasil o laboratório chinês CanSino Biologics, por questões técnicas de natureza privada entre as empresas. Informa também que, após discussões internas, a decisão se estabelece em comum acordo e os trâmites administrativos seguem em fase final.

Considerando que em 18 de maio de 2021 a Belcher Farmacêutica apresentou regularmente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil o pedido de autorização para uso emergencial da vacina Convidecia, produzida pela CanSino Biologics, e tendo em vista que o referido pedido continua em análise técnica, aguardando o cumprimento de diligências e complementação documental, a Belcher Farmacêutica reuniu, em 21 de junho de 2021, com a autoridade sanitária para tratar, conforme consta publicamente no portal da Anvisa, “sobre a alteração de contrato entre a empresa Cansino e Belcher e o encaminhamento do processo de uso emergencial da vacina”, com o objetivo de evitar descontinuidade regulatória que pudesse impactar o mais breve e significativo acesso à vacina de dose única por parte do Brasil, que enfrenta fase pandêmica tão crítica.

A Belcher Farmacêutica informa, ainda, não ter firmado qualquer tipo de contrato com o Ministério da Saúde. E considerando que não mais representa no Brasil há cerca de 20 dias o laboratório chinês CanSino Biologics, não participará de eventuais novas fases de negociação ou contratualização. Para fins de registro, o Ministério da Saúde apenas emitiu a pedido, em 4 de junho de 2021, uma carta de intenção de compra, que é um requisito da CanSino Biologics para o inicio das negociações. A carta foi enviada sob diversas condicionantes, a exemplo da autorização do imunizante pela Anvisa e da entrega completa das doses no segundo semestre, mediante o interesse público de reforçar o Programa Nacional de Imunizações contra a Covid-19. O documento referido, no entanto, não é vinculativo, não obriga a contratação por parte do poder público, tampouco o fornecimento pelo laboratório chinês. Por ora, inclusive, sequer tem efeito pleno, tendo em vista que a Belcher Farmacêutica não mais representa comercialmente no Brasil a vacina Convidecia.

Por fim, a Belcher Farmacêutica afirma que toda a sua atuação e interface institucional, perante o Poder Público e suas parceiras internacionais privadas, se deu como sempre se dá, com boa-fé e de forma totalmente ética, técnica e regular.

Belcher Farmacêutica”