Agência Lupa aponta declarações falsas de Barros

Checagem de fatos mostra afirmações falsas do parlamentar na CPI

A Agência Lupa analisou o depoimento do deputado federal Ricardo Barros (PP), na CPI da Pandemia, e encontrou quatro afirmações falsas e duas incompletas. A sessão foi interrompida e Barros voltará a depor, mas na condição de convocado. O parlamentar é suspeito de ajudar a Precisa Medicamentos, que importaria a indiana Covaxin, e a Belcher, que tentou atuar como representante da chinesa CanSino.

Uma das afirmações falsas feitas pelo líder do governo Bolsonaro é que a CanSino descredenciou o representante no Brasil “e não colocou outro no lugar, portanto mostra que não tem mais interesse em vender para o Brasil”.Embora seja verdade que o representante da CanSino no Brasil foi descredenciado, isso não significa que a empresa não tenha mais interesse em vender vacinas para o Brasil. O vice-presidente de Negócios Internacionais da farmacêutica chinesa, Pierre Morgon, afirmou que a empresa continua interessada em vender seu imunizante para o Ministério da Saúde. De acordo com Morgon, o descredenciamento teria ocorrido por “questões de compliance”. A declaração foi dada ao jornal Valor Econômico.

Em junho, o laboratório rescindiu de forma unilateral o contrato de parceria com a brasileira Belcher Farmacêutica para ofertar sua vacina de dose única no país. A empresa, sediada em Maringá, pertence a pessoas próximas do deputado. Leia mais.

((Montagem s/ foto de Pedro França/Agência Senado)