O documentário “A mão direita do Itapuã”, produzido em 2018 por Mário de Almeida e Saulo Alves, conta a história da criação do pagode por Tião Carreiro, em Maringá. O novo ritmo, com uma inusitada pitada de rumba, foi criado num quarto do Hotel Paulistano e apresentado num programa de auditório da Rádio Cultura por Orlando Manin, o Coronel do Rancho, que dá seu depoimento no documentário e mostra a revista Página 9 que trouxe detalhes do nascimento do pagode.

Ozório Ferrari, o Zorinho, paulista de Santo Anastácio, residiu em Marialva dos 2 aos 18 anos de idade. A convite de Tião Carreiro, foi para São Paulo, onde ficou de 1966 a 1993, já como maestro Itapuã, tendo trabalhado com praticamente todas as grandes vozes da música sertaneja, seja como compositor, arranjador, maestro ou músico. Itapuã trabalhou, entre outros, com Chitãozinho e Xororó, Christian & Ralf, Cascatinha e Inhana, Tonico e Tinoco, Milionário e Zé Rico, Poli, Roberta Miranda, Felipe e Falcão, Guerra Peixe, Élcio Àlvarez, Torres e Florêncio, Serrinha e Caboclinho, Lio e Léo, Zico e Zeca, Teixeirinha, Berenice Azambuja, Os 3 Xirus, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Pedro e Paulo, Nalva Aguiar, Sérgio Reis, Mazaroppi e Barnabé. Hoje, aos 82 anos, continua residindo em Santa Carmen (MT), vizinha a Sinop, cidade fundada por outro maringaense (Enio Pipino). Como dizia a linha fina da matéria da revista, Maringá continua devendo um tributo a Tião Carreiro, que com Pardinho fez uma das duplas sertanejas de maior sucesso do país. Assista o documentário:

Em outro vídeo (veja abaixo), Orlando Manin conta um pouco da importância do rádio maringaense na consolidação do estilo sertanejo.

Abaixo, a edição da revista Página 9 de janeiro de 2008 com a história de Tião Carreiro: