Sercomtel e Copel Telecom: as contradições pululam

A corda sempre estoura do lado mais fraco, no caso, dos trabalhadores

Do Analista do Planalto, via Zé Beto:

Por que a Sercomtel acabou com 240 contratos de trabalho mas não demitiu nenhum diretor indicado pelo prefeito Marcelo Belinati (PP) e ainda premiou dois políticos com cargos no Conselho de Administração? “Seriam os dirigentes politicamente indicados mais eficazes que os antigos técnicos concursados?” – pergunta um sindicalista do setor ao correspondente.

Sempre é bom lembrar que o Conselho de Administração da privatizada Sercomtel possui um núcleo político – envolvendo Nelson Tanure do Fundo Bordeaux, governos estadual e municipal: o ex-ministro das Comunicações do governo petista Lula, o mineiro Hélio Costa representando o Fundo Bordeaux/Tanure, o dirigente da estatal municipal Sercomtel Iluminação, Cláudio Tedeschi (que foi presidente da Sercomtel e fez o leilão da privatização por Belinati), e o presidente da Companhia Paranaense de Gás (estatal estadual Compagas que desejam privatizar), Rafael Lamastra, indicado por Ratinho Jr e que vendeu a Copel Telecom para o mesmo Fundo Bordeaux.

“As contradições não deixam dúvidas e a corda sempre estoura do lado mais fraco, no caso, dos trabalhadores” – diz um sindicalista do Sinttel.

A Sercomtel está se preparando para mudar de Londrina a Curitiba, fundindo-se com a Copel Telecom e a pequena Horizons se preparar para abocanhar o naco da Oi no sul do País, já que a Sercomtel habilitou-se no Cade para tomar assento no fatiamento da ex-maior empresa de Telecom do Brasil. As antigas Telepar e Telesc serão dirigidas pelos cariocas ou por curitibanos?