Quer um conselho?

Prefiro ser uma metamorfose ambulante

Sabe aquele ditado “se conselho fosse bom não se dava, se vendia”? Pois é. Viralizou na internet a faixa que uma mãe, cansada de ouvir palpites de seus vizinhos sobre a criação de seu filho, colocou na fachada do seu prédio. Ela ainda fez uma oferta especial para aqueles que quiserem continuar dando conselhos: “A cada 5 pacotes de fraldas G ou XG, ganhe o direito de dar um palpite na criação do meu filho. Obs: se o pacote for jumbo, são dois palpites” (aqui).

Faço essa introdução, a propósito de acaloradas  discussões entorno da aprovação, pela Câmara de Maringá,  da criação do Conselho LGBTQIA+, com três votos , e a ‘quase briga’ entre integrantes da bancada do Pan News,  depois indiretas e ironias, no Legislativo e na bancada, e gostaria de dar minha opinião, na verdade um conselho.

Pensando bem, pensando melhor, pergunto: Quer um conselho? Neste momento lembrei da música de Raul Seixas. Prefiro ser uma metamorfose ambulante, do que ter opinião formada sobre tudo. E como diria Romário sobre Pelé: ‘calado é um poeta’. Calo-me, porque não tenho opinião formada, mas gostaria de sugerir a criação de um grande conselho nacional  de todos eleitores honestos, enganados, assaltados por políticos ladrões  disfarçados de ‘gente boa’, de  direita, de esquerda, ‘falsos cristãos’.

(Ilustração: Anni Roenkae)