A farmacêutica Belcher era uma empresa que atuava para “dar cobertura” em licitações de insumos na área de saúde” – esta a impressão que fica de documentos lidos pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) durante sua participação na CPI da Pandemia. Ele citou o fato de que a a Belcher está envolvida na Operação Falso Negativo, realizada no Distrito Federal; à época, a empresa de Maringá negou a informação divulgada pelo MP do DF.

O Ministério Público do DF e Territórios apurou prejuízo milionário ao erário, causado em razão de superfaturamento dos produtos adquiridos pela SES/DF. Num dos casos, a empresa vendeu os testes a R$ 125,00 a unidade, enquanto outros órgãos pagaram, pelo mesmo produto, o valor de R$ 18,00. O prejuízo decorrente do superfaturamento é superior a R$ 18 milhões, valor que permitiria a compra de mais de 900 mil testes rápidos.

Para o senador Izaldi, o modus operandi foi o mesmo empregado no Ministério da Saúde. A operação descobriu um esquema de desvio de dinheiro público através de fraude em licitações envolvendo algumas empresas. Elas participavam de certames de forma a permitir que ganhasse uma proposta mais cara. O senador perguntou várias vezes sobre marcas de insumos comercializados pela empresa, como testes de covid, mas Catori não soube responder.

(Foto: Pedro França/Agência Senado )