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Wilson Matos receberá comenda do Legislativo

Outorga da Comenda Dom Jaime é feita dias depois da venda da UniCesumar por R$ 3,2 bilhões

Pouco mais de 48 horas depois de concretizar a venda da UniCesumar por cerca de R$ 3,2 bilhões para a Vitrus Educação (Uniasselvi), o professor Wilson de Matos Silva, ex-suplente do senador Álvaro Dias (Podemos), vai receber a Comenda dom Jaime Luiz Coelho. Criada em 2014 pelo então vereador Ulisses Maia, a comenda é considerada a maior honraria do Legislativo.

A aprovação da outorga da comenda aconteceu em 13 de fevereiro do ano passado, mas por causa da pandemia não foi entregue antes. Ela foi proposta pelo vereador Mário Hossokawa (PP), presidente da Câmara de Maringá. A entrega, durante sessão solene, foi marcada para as 19h de quinta-feira, nas instalações da UniCesumar, com transmissão pelo YouTube da instituição. A honraria foi criada pelo artista plástico Anselmo José. Dom Jaime, considerada uma das maiores personalidades empreendedoras que a cidade já teve, faleceu em agosto de 2013. A Câmara de Maringá ainda não noticiou a outorga em seu site.

POLÍTICA – Wilson de Matos Silva já presidiu o PSDB maringaense e é conhecido doador de campanhas eleitorais. Em 2012 ele doou R$ 40 mil para seis candidatos a vereador; a maior parte (R$ 25 mil) foi para a ex-vereadora Márcia Socreppa. Em 2016 ele declarou à Justiça Eleitoral doação de R$ 50 mil para Silvio Barros II (PP), que acabou derrotado por Ulisses Maia. Na campanha de 2020 Matos doou R$ 232 mil para 21 candidatos, sendo R$ 45 mil para oito dos atuais vereadores: Mário Hossokawa (R$ 10 mil), Mário Verri (PT), Altamir da Lotérica (Podemos), Onivaldo Barris (PSL), Alex Chaves (MDB), Belino Bravin (PSD), Flávio Mantovani (Rede) e Sidnei Telles (Avante), cada um recebendo R$ 5 mil. Doou ainda R$ 150 mil para quatro candidatos a prefeito, entre eles Ulisses Maia (R$ 60 mil), do PSD, e Carlos Mariucci (R$ 10 mil), do PT.

Em 2016, quando presidia o PSDB local, Wilson de Matos Filho, em palanque dividido com o ex-governador Beto Richa, entre outros, afirmou que o início do impeachment da ex-presidente Dima Rousseff (PT), em 12 de maio daquele ano, foi a terceira independência do país, junto com a proclamação propriamente dita, em 7 de setembro de 1822, e 31 de março, quando aconteceu o golpe militar de 1964.

(Foto: Reprodução/YouTube)

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