À revelia de STF e Estados, governo estuda intervenções com Força Nacional, informa Sakamoto
Leonardo Sakamoto, no UOL,, conta que discute-se no governo federal ressuscitar a tese de que a Força Nacional pode ser usada para intervenções em estados e no Distrito Federal sem a anuência de governadores, bastando uma ordem ministerial – interpretação que já foi rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal.
“A avaliação é que o uso da Força Nacional geraria menos críticas que o das Forças Armadas caso Jair Bolsonaro decida mandar tropas sob a justificativa de conter disputas políticas em nome da “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas”. Por exemplo, em um motim causado por policiais bolsonaristas após ele mesmo acusar as eleições de fraudulentas em outubro de 2022.
O presidente conta com simpatia de uma boa parte dos policiais militares, base da Força Nacional. Sem contar que o atual ministro da Justiça, Anderson Torres, é próximo da família Bolsonaro e o comandante da Força, o coronel da PM do Ceará Antônio Aginaldo de Oliveira, é marido de Carla Zambelli (PSL-SP), da tropa de choque bolsonarista na Câmara dos Deputados. (…)
Já Ricardo Barros (Progressistas-PR), líder do governo na Câmara e investigado pela CPI da Covid no caso do superfaturamento na compra de vacinas, também disse, em 8 de junho, que “vai chegar uma hora em que vamos dizer [para o Judiciário] que simplesmente não vamos cumprir mais”.
(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)
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