Não é fácil substituir um craque como Edivaldo Magro

Desde a última segunda feira a bancada do Pan News ganhou um brilho que sói acontecer com a presença feminina em qualquer ambiente, com Pâmela Bussolin, que além da beleza é bem articulada e tem tudo para fazer sucesso.
Por outro lado, a ausência da experiência e a capacidade do veterano jornalista Edivaldo Magro deixam uma lacuna difícil de ser preenchida e não será fácil substituí-lo, cara Pâmela.
Permita-me algumas observações sobre o que notei nos três primeiros programas com sua participação. É preciso saber dosar o lado bolsonarista, para não perder a imparcialidade. Criticas à CPI da Covid, tudo bem, mas não reconhecer que presta uma grande serviço no combate à corrupção, como ficou evidente ontem. Dizer que têm ânsias de vômitos ao assistir é não reconhecer o trabalho de uma Simone Tebete, um Alessandro Vieira e até do presidente e do relator, cujo passado os condena, mas que de tanto falarem em corrupção podem estar aprendendo a não ‘mais pecarem’.
As mesmas observações valem para o Kim e o Neto, cuja impulsividade de jovens e defesa de Bolsonaro e Ricardo Barros chega a parecer cegueira. Procurem a imparcialidade e falo-lhes com a experiência de quem já votou e defendeu Lula, votou e acreditou em Bolsonaro. Não tenham compromisso com o erro. O que é certo é certo, corrupção, jeitinhos nunca podem serem defendidos.
Mas talvez seja cedo e recorro a um mestre que em certa ocasião disse: ‘E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’. Falo do autor, Jesus, não de um pecador de quinta, que se apropriou da frase, que felizmente não tem repetido nos últimos tempos.
Infeliz do país que tem um presidente que defenda a mentira, a fake news, como fez ontem Bolsonaro, fazendo piada, perguntando quem nunca mentiu para a namorada.
Boa sorte, sucesso, Pâmela. Desejo, mando vibrações para que aconteça o mesmo com o Edivaldo na nova empreitada.
PS: Hoje um leitor fez um comentário que ‘é muito estagiário’. Procurem ser mais profissionais, caros jovens, para que não passem a impressão de infantilidade num programa de tanto sucesso. Respeitem opiniões, ouçam, discordem com elegância. o Paulo Caetano dá um exemplo de como é possível dosar os interesses da empresa, com opiniões cuidados, às vezes ficando em cima do muro, dando uma de ‘advogado do diabo’. Pensem no ouvinte e telespectador que pode estar de um lado ou de outro. Vocês ajudam a formar opinião e, quando tudo é forçado demais para um lado, fica chato como já aconteceu com pelo menos dois membros da bancada que chegaram a tal ponto, que a presença deles se tornou insuportável.
(Foto: Reprodução O Jornal 1989)