A semana começará com a chegada dos primeiros assessores do governo federal para preparar a anunciada visita do presidente Jair Bolsonaro a Maringá, marcada para a sexta-feira. Ele vai entregar a reforma do Aeroporto Regional de Maringá, feita com recursos liberados no governo Michel Temer. Em agosto de 2017 o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, esteve em Maringá para assinar o termo de compromisso para as melhorias infraestruturais, na ordem de R$ 120 milhões.

A visita do presidente à cidade foi anunciada no final de agosto pelo deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal e alvo da CPI da Pandemia no Senado. O ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas, também estará presente. Quer dizer, poderá acabar sendo a única autoridade do governo federal no evento, depois da mais recente notícia envolvendo Ricardo Barros, tornada pública ontem pela TV Globo: a Polícia Federal afirmou à Justiça Federal ter reunido elementos que indicam ter havido “pressão” de integrantes do Ministério da Saúde durante a gestão de Barros para o pagamento antecipado de quase R$ 20 milhões à empresa Global Saúde pela compra de remédios para doenças raras que nunca foram entregues. Representação da PF reúne depoimentos de servidores do ministério que atribuem a liberação da verba a cobranças do próprio Ricardo Barros e de pessoas ligadas ao gabinete dele, além de mudanças, introduzidas durante a gestão do então ministro nos processos de aquisição de medicamentos comprados por decisão judicial. O material serviu de base para a Operação Pés de Barro, realizada dias atrás (leia mais). A presença do presidente vai depender de uma avaliação política, feita por ele próprio, já que, se dependesse dos assessores, não viria por conta dos momentos vividos pelo seu líder.

(Foto: Alan Santos/PR)