A Caixa dos Bolsonaro

Capa da revista Crusoé desta semana

De Patrik Camporez, na Crusoé:

Na semana passada, Crusoé revelou que a primeira-dama Michelle Bolsonaro tem desfilado influência na Caixa Econômica Federal. Ela conseguiu que o banco liberasse crédito a empresários próximos do círculo presidencial. Depois de Michelle falar pessoalmente com o presidente do banco, Pedro Guimarães, os pedidos saíam do Planalto registrados em e-mails e, ao chegar na ponta com o privilégio da recomendação, eram prontamente atendidos. No mesmo dia da publicação da reportagem, o Ministério Público Federal anunciou a abertura de uma investigação que poderá enquadrar a primeira-dama por advocacia administrativa. Os “bombeiros” do Planalto defendem Michelle com o argumento de que ela não fez “nada mais do que ajudar “pequenos empreendedores de Brasília – um argumento que não para em pé ao se levar em conta que muitos dos mortais que naquele mesmo período tentavam acesso à linha de crédito, criada pelo governo para socorrer pequenos negócios na pandemia, nunca viram a cor do dinheiro.

Os pedidos de Michelle e são apenas uma amostra do quanto os Bolsonaro estão mandando no banco público. Os setores de patrocínio e de publicidade da Caixa também têm atendido alegremente os pleitos vindos da família presidencial -além da primeira-dama, o senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente da República, também tem encaminhado pleitos com sucesso. Entre os agraciados estão entidades ligadas à dupla e personalidades da televisão e do mundo artístico que se alinham com o bolsonarismo. A Caixa sustenta que os repasses são feitos a partir de critérios técnicos, mas é inegável o caráter subjetivo das escolhas, assim como as digitais de Michelle e de Flávio nos processos. Leia mais (para assinantes)..