Site mostra as digitais de Marcos Tolentino no FIB Bank

Marcos Tolentino, entre Jair Bolsonaro e Ricardo Barros: documentos vazados

Reportagem de Ady Ferrer, Letícia Oliveira de Souza e Paola Costa publicada hoje pelo site Congresso em Foco

Um banco que não é banco. Oferece uma garantia que não é garantia para um negócio milionário de intermediação de aquisição de vacinas para o Ministério da Saúde por uma empresa que não tem as vacinas que oferece. O banco tem um suposto dono, que nega a propriedade da empresa.

O episódio que envolve o FIB Bank, banco que não é banco que apresentou uma carta de fiança de R$ 80,7 milhões para assegurar o contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, é um dos grandes novelos que vem sendo desenrolados pela CPI da Covid. Os senadores da comissão suspeitam que o advogado Marcos Tolentino da Silva seja o verdadeiro dono do FIB Bank. Ele nega. Mas esta reportagem exclusiva do Congresso em Foco mostra as diversas digitais de Tolentino no banco que não é banco.

Documentos vazados pela célula Etersec do Anonymous mostram que o FIB Bank emitiu cartas de fiança para empresas de Tolentino, de seus sócios e familiares. Se o advogado não é o dono do banco que não é banco, o banco que não é banco tem uma inegável ligação com o advogado. (…)

A CPI da Covid suspeita que a constituição do FIB Bank foi feita em nome de laranjas e que o verdadeiro dono seja Marcos Tolentino da Silva, advogado amigo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O contrato de preservativos femininos foi firmado quando Barros era ministro da Saúde, no governo de Michel Temer. Leia mais.

(Foto: Redes sociais)