PSL perde metade da bancada na Alep
Com a decisão de cassação do diploma do deputado estadual Delegado Francischini, o mais votado em 2018, o PSL perde dois parlamentares na Assembleia Legislativa – um deles, Do Carmo (foto), de Maringá. Na semana passada já havia sido cassado o deputado Subtenente Everton, assumindo Cassiano Caron. Sem os votos de Everton nada mudaria na bancada do PSL, mas como Francischini teve 427 mil votos estes são considerados nulos, o que muda o quociente eleitoral.
Numa rede social, Do Carmo explicou que “decisão unilateral” do TSE não observou “nossos direitos constitucionais”, que “teremos brutalmente nosso mandato interrompido”. “Porém nosso trabalho em busca de Justiça e em benefício da nossa gente irá continuar”, comentou. Do Carmo era segundo secretário da mesa diretora da Assembleia Legislativa. Mais tarde ele acrescentou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Além do Do Carmo, o PSL perde Emerson Bacil. Com a cassação de Subtenente Everton e Delegado Francischini, a bancada ficou reduzida à metade com as fake news espalhadas pelo então deputado federal no dia da eleição. O TSE notifica ainda hoje o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná sobre a decisão, independentemente de sua publicação oficial. Francischini, que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná, ficará inelegível por 8 anos, a partir do pleito de 2018.
Nascido em Londrina em 1970, criado em Cianorte, Fernando Destito Francischini mora em Curitiba desde os 8 anos. É pai de Felipe Francischini, deputado federal. Delegado licenciado da Polícia Federal, já foi oficial do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Paraná, onde comandou a Rone (atualmente, Bope) e a Companhia de Operações Especiais (COE). Foi secretário Antidrogas de Curitiba e secretário estadual de Segurança Pública e em 2018 foi um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro no Paraná.