Curral eleitoral e voto de cabresto II

O “curral eleitoral” é uma expressão utilizada por historiadores brasileiros na República Velha que indicava uma região onde um político possuía grande influência, é bastante conhecido ou onde é muito bem votado. A origem da expressão vem do tempo em que o voto era aberto no Brasil.

Na Primeira República não havia Justiça Eleitoral, o voto não era secreto e nem obrigatório. Tal situação favorecia – e muito – as fraudes e a manipulação do eleitorado. Nas regiões mais interioranas, os “coronéis”, apelido dos grandes fazendeiros, dominavam o processo eleitoral, “garantindo o voto de seu eleitorado” para os seus  candidatos. Este quadro prevaleceu durante muitos anos. Intimidados, ameaçados e sem proteção do sigilo do voto secreto, os eleitores eram presa fácil das oligarquias. Tal fenômeno político é denominado de Coronelismo.

O voto de cabresto é um mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de votos com a utilização da máquina pública ou o abuso de poder econômico. É um mecanismo muito recorrente no interior do Brasil como característica do coronelismo.

Será que isso acabou totalmente? O orçamento secreto não facilita?

(Foto: Fouganza)