Pergunta em linguagem neutra, resposta nem sempre

Na entrevista com Requião na última sexta-feira, houve boas perguntas, com boas respostas, outras não tão neutras com respostas inesperadas.

Uma boa pergunta foi de Kim Rafael, naturalmente sabendo que o ex-senador era autor de um projeto para impressão de votos e contagem de 3% para, digamos, auditagem do sistema.

Requião explicou que acredita nas urnas, mas que a contagem de cima para baixo pode alterar, quando a eleição envolve grandes interesses.

A diferença, digo eu (Akino), entre o que pretendiam bolsonaristas mais radicais é que o projeto de Requião e Brizola previu contagem de urnas sorteadas, em local seguro, sob a supervisão direta da Justiça Eleitoral. Já a PEC que foi derrotada recentemente determinava a contagem de todas as urnas e nos locais de votação, logo após o encerramento, o que certamente poderia levar a todo tipo de fraude, desvio de votos, confusão, por absoluta falta de segurança. O sistema, como amplamente divulgado, é auditado de outra forma e até Bolsonaro  já se convenceu.

Outra pergunta, digamos em linguagem neutra, foi feita sobre o tema  e o ex-senador, como era de se esperar, nem sabia do que se tratava. Bobagem, para desviar atenção de assuntos mais graves, foi a resposta, com a ajuda do universitário, Requião Filho.

Houve também uma pergunta que não respeitou a neutralidade que deve ser a marca do bom jornalista. Aí o velho ‘Requião’, não foi nem um pouco educado, como não tinha sido com comentário de leitor, cujo nome foi confundido com do Agnaldo.

Ao final, podemos dizer que foi um bom programa, e provavelmente alguns aprenderam um pouco mais e a melhor participação de todos foi a de Luiz Neto.