Guedes funda uma nova linha do pensamento econômico: a escola ficcional
De Josias de Souza, no UOL:
Entre avanços e recuos, o pensamento econômico ganhou muitos rótulos desde o surgimento da escola clássica, no século 18. Costuma-se dizer que Paulo Guedes (foto) segue a linha da escola de Chicago, de tendência neoclássica. Engano. O Posto Ipiranga inaugurou uma novíssima vertente da teoria econômica: a escola ficcional. A economia, como se sabe, compreende todas as atividades do país. Mas nenhuma atividade do país compreende a economia de Guedes.
Para Guedes, o PIB está sempre “decolando em V”, mesmo quando desliza de uma recessão técnica para uma estagflação. Nesta sexta-feira, após almoçar com empresários, o ministro declarou que fará reformas estruturais em 2022, mesmo que a perspectiva de turbulência eleitoral indique o contrário.
“Há uma convicção política de que em ano de eleição não se faz reforma, não faz nada, o jogo é parado”, afirmou Guedes. “E o recado que recebi da classe empresarial foi para prosseguir com essas reformas, porque são importantes, ajudam o Brasil a crescer e trazem votos.” Mencionou a reforma administrativa.
Todo ministro da Economia tem um quê de animador de auditório. Entretanto, não há otimismo que resista a uma inflação de 10,74%, maior do que a pior marca da ruinosa fase Dilma. O brasileiro que ainda dispõe de renda e consegue ser previdente já não economiza para os dias ruins. Poupa para os dias piores. Leia na íntegra (para assinantes).
Foto: Marcos Corrêa/PR)(