Bolsonaro é dose para leão

A propósito do momento que vivemos com a pandemia e a insistência negacionista ‘da pessoa física’ Bolsonaro, como diria uma amiga, que não pode ser separada da presidência da República, com a influência que tem o presidente, sobretudo sobre os menos esclarecidos, vejamos a origem da expressão ‘dose para leão’:

A expressão tem o mesmo significado de dose para cavalo e dose para elefante. Nos anos 60 do século passado corria essa anedota que pode ter sido a origem da expressão: Por um desses acasos (comuns nas anedotas de salão), morreram ao mesmo tempo o leão e o tigre de um circo. O diretor do circo, desesperado por ter perdido duas de suas principais atrações, resolveu recorrer a um artifício: contratou dois mendigos para vestirem as peles dos animais mortos, e fingirem-se de feras. Feito o acordo, os vagabundos ocuparam suas respectivas jaulas, e o circo seguiu em caravana até a próxima cidade, onde deveria se apresentar. Mas eis que são barrados, na entrada, por um cordão sanitário. Grassa uma epidemia, e naquele município todo e qualquer animal, para entrar, teria que antes ser vacinado. Com que o dono do circo concordou. Mas, quando o veterinário aproximou-se do “tigre” com uma seringa do tamanho de uma garrafa, e a agulha como um prego, “o tigre” protestou: “Ei! Isso não é dose para tigre; isso é dose pra leão!”. (Fonte: aqui).

Esse Bolsonaro é mesmo dose para leão e nem tigres eleitores, com o mínimo de bom senso o aguentam mais. Lutar contra a simples exigência de comprovação de vacinação de estrangeiros (o nome pomposo do passaporte da vacina é só um detalhe, caro Kim), é de uma falta de inteligência cavalar. Estava na cara que perderia no STF, mas mesmo assim insistia, naturalmente com medo que a medida possa ser obrigatória internamente o que afetaria  muitos que como os dois mendigos na ‘estória’ não são vacinados, inclusive o próprio.

Que chegue logo o fim de 2022 e se tivermos que aguentar mais quatro anos vai ser ‘dose para leão’. Preferível um sapo, ainda que barbudo, já que estamos falando de…, bem, ‘dexa queto’, diria um saudoso comunicador. 

(Foto: Peter Ganaj)