Querem desmontar a nossa pátria. Nada escapa da sanha implacável e destruidora dos artífices Bolsonaro e Guedes em subtrair do povo brasileiro o patrimônio construído com suor e sangue pelas gerações que nos antecederam. A China, os EUA e a União Europeia vão se apoderando de setores estratégicos de nossa soberania, aproveitando- se de leilões entreguistas que eles jamais admitiriam em seus respectivos países. E, em nome do chavão “pagar precatórios”, estão vendendo irresponsavelmente o Brasil.

Empresas multinacionais e bancos estrangeiros estão “comprando” terras sem limites, bastando ter ou abrir um CNPJ no Brasil. Bolsonaro critica a China, mas faz vistas grossas aos chineses que já compraram aqui 53 milhões de hectares. O projeto de lei número PL 2963/19 de autoria do senador Irajá Abreu (PSD -TO) autoriza a venda de até 25% do território brasileiro a pessoas ou empresas estrangeiras.

Nos planos dos poderosos de plantão constam não somente a privatização dos Correios e da Eletrobras, como nada menos que nove estatais, 24 aeroportos, rodovias, ferrovias, parques nacionais e até a água com base na lei 14.026/20, outorgando à ofensiva internacional o controle sobre as nossas reservas naturais.

A gasolina está cara? Indaga o capitão presidente. A culpa é dos governadores e prefeitos.

Que mentira! Por que ele não diz que grande parte das ações da Petrobras foi lançada em bolsa de valores principalmente em Nova York? Ora, os acionistas estrangeiros já representam 40.33% do capital da Petrobras. São eles que captam lucros e remetem dividendos para fora do Brasil, Sim, o lucro dos acionistas estrangeiros cresceu 51% no ano que está chegando ao fim. Yes, a gasolina brasileira tem que ser paga pelos brasileiros pela cotação internacional do barril, atrelado que é pela variação do dólar. Finalmente, para que se preocupar com os interesses do povo brasileiro? Quem não pode manter o carro, que o venda e tudo está resolvido.

Até os alimentos sobem de preço com a gasolina em alta?

Ora, o importante mesmo é que os mais fortes sempre sobrevivem. Finalmente, os desempregados, os pobres e os miseráveis terão R$ 400,00 por mês no ano eleitoral que se avizinha, para suprir as necessidades que os atormentam.
Enquanto isso, continua estéril e hipócrita a voz eleitoreira que se faz ouvir do Palácio do Planalto: Pátria amada Brasil

(*) Tadeu França
ex- deputado federal constituinte