Bolsonaro ateou num grupo de evangélicos sentimentos terrivelmente lulistas

De Josias de Souza, no UOL:

Bolsonaro costuma tratar os evangélicos como um rebanho uniforme de bolsonaristas. Como se não houvesse diferença, por exemplo, entre protestantes históricos e tardios. Ou entre os adeptos do movimento pentecostal e os restauracionistas. O Datafolha traduz em números o que o senso comum já intuía: Bolsonaro fala em Deus com tal convicção que desperta em parte da comunidade evangélica sentimentos terrivelmente lulistas.

Para 43% dos evangélicos, Lula foi o melhor presidente que o Brasil já teve, contra 19% que avaliam Bolsonaro como superior. Invertendo-se a pergunta, 35% dos evangélicos acham que o capitão é o pior presidente da história. O título ruinoso é atribuído a Lula por 25%.

Segundo o Datafolha, a imagem de Bolsonaro entre os evangélicos já foi melhor. No início do ano, reprovavam o atual governo 30% desse nicho do eleitorado. Hoje, 39% consideram a administração Bolsonaro ruim ou péssima. A taxa de aprovação do governo entre os evangélicos caiu oito pontos, de 40% para 32%.

A Bíblia ensina que para tudo existe um tempo —um tempo para construir, um tempo para colher, um tempo para semear. E um tempo para curar. Bolsonaro não notou. Mas passou da hora de curar o Brasil. Leia mais.