Uniflor causa revolta ao alterar Plano do Magistério
A Câmara de Uniflor, microrregião de Maringá, aprovou ontem em sessão extraordinária o fim do reajuste anual do piso salarial profissional nacional do magistério, que em março foi julgado constitucional pelo STF. Por 5 votos a 4, os vereadores aprovaram o projeto de lei encaminhado no início do mês pelo prefeito José Bassi Neto (PSC), alterando o artigo 69 da lei 2012/2012. A mudança no Plano Municipal do Magistério, considerada um retrocesso na área educacional, estabelece que os reajustes dos vencimentos aos professores municipais, inclusive dos aposentados e pensionistas, “seguirão os mesmos critérios dos concedidos aos demais servidores municipais”. Este ano o piso deveria ter reajuste de 33,23%.
O fato de a alteração ter sido feita no apagar das luzes de 2021 – ano em que não houve reajuste no piso – e a aparente inconstitucionalidade da medida fez a sessão ser rápida, mais agitada. O vereador Odair Opine, o Dinho, causou revolta quando disse que tem professor que ganha R$ 10 mil. A votação causou polêmica nas redes sociais, onde internautas criticaram a forma como políticos tratam a educação.
Votaram contra os professores os vereadores Odair Oprine (Dinho), Fernando Figueiredo (Zinho), Maycon Carlos de Oliveira, Sidney Mendonça Correa e o presidente da casa, Romualdo Adriano Rodrigues. A favor dos professores votaram os vereadores Marcos dos Santos Bonfim, Alexandre Risso, José Carlos da Silva (Carlinhos Ferreirinha) e Elaine Nunes Franzoni Poieli.
Uniflor integra a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), que por sua vez integra um dos sete núcleos regionais do Ciedepar (Consórcio Intermunicipal de Educação e Ensino), uma organização de direito público, vinculada à CNM (Confederação Nacional de Municípios e à AMP (Associação dos Municípios do Paraná), que atende às 399 prefeituras do Estado no campo da educação.