Moro não é candidato: Morô? 

Participando  de dois momentos da visita do ex-juiz Sergio Moro, a Maringá, cidade onde ele nasceu e morou, e onde moro, quero destacar primeiro a entrevista ao Pan News 18h, conduzida pelo competente âncora Victor Faria, e bancada composta por Angelo Rigon, Agnaldo Vieira, Paulo Vidigal, Henri Viana (o Francês), Emerson Celestino, e Itamar Flavio Silveira (o professor Itamar).

Dos mais ferrenhos bolsonaristas e contra Moro, temia pela conduta do Emerson Celestino, que não têm lá muita noção quando o assunto é defender Bolsonaro e atacar que pode colocar em perigo a sua reeleição. Felizmente ele levou a pergunta escrita e, apesar de certa dificuldade com a leitura, tocou num assunto requentado, repetido várias vezes, a suposta situação ‘não moral’ do último emprego de Moro nos EUA e desta vez acrescentando um fato novo, o do ex-juiz ter contratado para sua defesa um advogado que defendeu, por algum tempo, Eduardo Cunha. Sergio Moro respondeu com categoria, mas uma vez não deixou dúvidas sobre a lisura de sua atuação. Itamar foi bem mais educado, diferentemente como faz com Paulo Vidigal quase todos os dias, trouxe o assunto da divulgação de conversas com Bolsonaro e Carla Zambelli e o ex-juiz respondeu de maneira óbvia, que ele estava sendo acusado de mentiroso e não lhe restava outra alternativa, a não ser mostrar as mensagens. Nada de traição , que se houve foi de Bolsonaro, não só a Moro, como aos eleitores racionais que nele confiaram. 

Ao final o ‘impagável’ Carioca, um dos melhores locutores, sonoplasta.DJ, e animador de  entrevistas, que sempre ‘pega preço’, ou seria ‘não pega preço’ (gíria que aprendi com a Pâmela, que disse que Simone Tebet não ‘pega preço’ ). ‘Vixi’, fiquei em dúvidas. Se falei que o Carioca é impagável? Dexa queto, segunda confirmo com a Pâmella (que faz questão dos dois eles).    Bem ao final da entrevista o Carioca, lembrando de uma gíria dos tempos da jovem guarda disse que tinha uma sugestão de slogan para a  campanha de Moro: Dr. Sérgio Moro: Morô? , arrancando gargalhadas de quase todos, até do Celestino e  um sorriso discreto do sisudo professor Itamar, que até então parecia não prestar muita atenção. 

O segundo momento foi no Giardino, onde assistimos ao lançamento do livro ‘Sérgio Moro contra o sistema de corrupção’, com a presença de bom público (o salão estava lotado). Gostei das falas. Bem à vontade, solto, falando de temas já conhecidos por nós que acompanhamos as falas anteriores de Moro, mas muito bons para quem o estava ouvindo pela primeira vez. Não tenho dúvidas que entre Sergio Moro, Lula e Bolsonaro, o primeiro é melhor para o Brasil. 

Para encerrar, justifico o título: Moro não é candidato. Na verdade é pré e ainda não está em campanha, ao contrário de Bolsonaro, que está em franca campanha, usando recursos públicos e toda a máquina do governo. Entendeu? Morô?  e repito o morô, em homenagem ao Alexandre Martins Mota.