Líder de Bolsonaro, Ricardo Barros usou R$ 17,5 milhões do orçamento secreto

Presidentes e lideranças das duas casas enviaram recursos do orçamento secreto

Mecanismo usado pelo governo Bolsonaro para angariar apoios no Congresso e tema de uma crise entre Judiciário e Legislativo no fim do ano passado, o orçamento secreto, enfim, começou a ter os detalhes revelados.

Documentos entregues ao Supremo Tribunal Federal pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), expõem o mapa de distribuição de recursos entre os parlamentares. A reportagem, capa de O Globo de hoje, informa que o maringaense Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro e organizador da motociata a ser realizada hoje em Maringá, foi beneficiado com mais de R$ 17,5 milhões do orçamento secreto, parte deles, segundo o próprio, destinados a compra de ambulâncias.

Os valores foram informados pelos próprios parlamentares — centenas de ofícios chegaram ao STF. Por determinação da ministra Rosa Weber, que chegou a suspender os repasses por um período em novembro de 2021, foram implementados mecanismos de transparência. Ao todo, de acordo com o Congresso, 342 deputados e 64 senadores repassaram informações — 406 parlamentares, o que representa 68% do conjunto de Câmara e Senado. Alguns deles, no entanto, disseram que não foram contemplados. Os documentos foram encaminhados quase dois meses após o fim do prazo estipulado pela magistrada. O levantamento foi feito por André de Souza, Camila Zarur, Dimitrius Dantas, Eduardo Gonçalves e Julia Lindner, Jussara Soares, Paula Ferreira e Bernardo Mello. Leia mais.

Infográfico: O Globo