Um novo quadro eleitoral pode nascer no Paraná. O senador Alvaro Dias (Podemos) não disputaria a reeleição e seria candidato a governador – eventualmente com o apoio do União Brasil, que tem o ex-juiz, ex-ministro e ex-Podemos Sergio Moro como astro no Paraná. Confirmando-se a possibilidade, será difícil não ter segundo turno no estado.

Há tempos Dias vinha buscando o apoio de Ratinho Junior para sua candidatura, mas a ala bolsonarista optou pelo deputado Paulo Martins – e, pressionado, o governador manifestou seu apoio ao parlamentar. Na semana passada, o governador encontrou-se com o presidente Jair Bolsonaro para tratar da permanência ou não do apoio a Martins, de expressão política menos relevante que a do senador do Podemos. Há duas versões sobre a conversa: na primeira, Bolsonaro teria condicionado descartar Paulo Martins se o Podemos apoiasse nacionalmente sua reeleição; a outra versão é de que o presidente não quis saber de apoiar Alvaro.

Com o ex-colega de partido Sergio Moro na disputa, ficaria mais difícil para Dias continuar no Senado, há um empate técnico de acordo com a pesquisa Ipespe. A saída para o que seria o último mandato de Dias na política – onde, queria-se ou não, é nome importante – seria disputar o Palácio Iguaçu; com Roberto Requião (PT) mantendo a votação que se mostra hoje, o segundo turno estaria garantido – e todos sabem que segundo turno é uma outra eleição. Um acordo com o União Brasil não teria costura muito complicada. Luciano Bivar, nome do partido para a presidência da República, apesar do assédio de Ciro Gomes, do PDT, poderá fazer tratados regionais. No Paraná, neste quadro, ganharia um senador com possibilidade de ganhar um governador. É sentar e ver o que vai acontecer.

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