Deputado detona a direção do União
O deputado estadual Plauto Miró disse ontem da tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná que a direção estadual do União Brasil é comandada por “pilantras”, chamou a sigla no estado de “lixo” e anunciou que fará campanha sem fundo eleitoral e partidário. Ele encerrou sua fala dizendo: “Saudades da velha política, que não tinha essa putaria que virou a política brasileira”. Foi aplaudido.
Miró, que era do DEM antes da fusão com o PSL, disse que a família que comanda o partido (Francischini) “faz o que bem quer com a sigla partidária, não escutam ninguém” e que transforma o fundo eleitoral numa “grande negociata”. Segundo ele, o partido é “muito mal dirigido”. Segundo Roger Pereira, da Gazeta do Povo, que tentou contato com os deputado federal Felipe Francischini e com o ex-deputado estadual Fernando Francischini, sem retorno, a encrenca está relacionada à distribuição dos fundos. Além de Plauto, os deputados Nelson Justus e Nelson Luersen também não receberam recursos do fundo partidário. De acordo com o site da Justiça Eleitoral, também ex-filiados ao DEM, o deputado Mauro Moraes recebeu R$ 80 mil do fundo e Dr. Batista, de Maringá, R$ 27 mil. Já os políticos eleitos pelo PSL em 2018 receberam volumes maiores. O ex-deputado Emerson Bacil, que perdeu o mandato após a cassação de Francischini, recebeu R$ 108 mil. O maringaense Do Carmo, também prejudicado pela cassação de Francischini, recebeu R$ 180 mil do fundo, o mesmo montante do deputado estadual Luiz Fernando Guerra e da vereadora Flávia Francischini, mulher de Fernando Francischini e candidata a deputada estadual.