Um caldo que mistura interesses políticos e eleitorais, dificuldades técnicas diversas e até a impossibilidade de se tocar um estabelecimento de saúde deste tamanho, está levando a se considerar a entrega do Hospital da Criança de Maringá (prometida inicialmente para novembro de 2018) para o ano que vem – possivelmente, março.

Na eventualidade das negociações darem certo, no entanto, entraria em funcionamento apenas uma pequena parte do hospital – já tido por muitos como um grande elefante branco que engoliu mais de R$ 124 milhões. Por uma série de outras razões um sistema para fazer o local funcionar custaria perto de R$ 5 milhões, e não se conseguiria viabilizar antes do segundo semestre por suposto erro no projeto, que não teria previsto. Na recente visita feita para propaganda eleitoral pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi possível verificar canos de ar-condicionado sem os equipamentos instalado e que não havia rede de internet.

Para funcionar como foi previsto o Hospital da Criança de Maringá consumiria em torno de R$ 200 milhões por ano. Estuda-se uma forma de fazê-lo abrir as portas com apenas R$ 3 milhões. O cronograma de funcionamento do hospital não existia até o final do mês passado. Falar em prazo para confirmar a abertura precária em março de 2022, a essa altura do campeonato, seria uma temeridade.

Foto: PMM