O risco da perpetuação do poder
O professor maringaense Fabrizio Meller, 42, que foi candidato a deputado federal apresentou numa rede social uma relação de custo do voto de todos os candidatos a Câmara Federal pelo Partido Novo, sigla que abriu mão do fundão. E fez uma reflexão interessante.
“Todos nessa relação não foram eleitos. No Brasil, tivemos a menor renovação da Câmara dos Deputados desde 1998! Isso se tem reflexo direto nas milhares de campanhas individuais que receberam “milhões” de dinheiro público, do fundão (Fundo Eleitoral). A centralização do financiamento de campanha, apenas com recursos públicos e pessoas físicas, sem incluir pessoas jurídicas não incentiva qualquer renovação! Somatório de receita e captação de todos os 26 candidatos do Partido Novo no Paraná foi de R$ 1.534.054,63 (até 4/10/2022), totalizando 61.583 votos. Valores abaixo de um único candidato que recebe R$ 2.000.000,00 de dinheiro público para sua candidatura”.
Ele completa que neste modelo eleitoral teremos a perpetuação do poder dos mesmos. “Reforma eleitoral ainda continua necessária no Brasil, para que aumentemos a concorrência e a inclusão de mais candidatos”, comentou. Basta ver a relação dos eleitos, quem se saiu bem em 90% dos casos teve uma gorda fatia de dinheiro público.
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