TFP x LGBT na praça Napoleão Moreira

Hoje, às 18 horas, será reinaugurada a Praça Napoleão Moreira da Silva, assim nomeada por Lei de 1957. Palco de diversos momentos históricos de Maringá, o lugar foi cenário de um embate interessante em janeiro de 2013.
Ainda sem projeto para se instalarem em Maringá, uma kombi com adolescentes do grupo católico fundamentalista denominado Instituto Plínio Corrêa de Oliveira – IPCO, uma das organizações herdeiras da TFP – Tradição, Família e Propriedade, assim como os Arautos do Evangelho, estacionou na Avenida Brasil. Os meninos, trajados com roupas que lembram o show Excalibur, do Parque Beto Carrero,seguravam estandartes medievais, um deles ensaiava algumas notas numa gaita de fole, e estimulavam a manifestação dos carros que passavam pela Avenida Brasil segurando placas com dizeres como “Buzine se for contra o casamento homossexual”. Era uma campanha de garotos impúberes contra a orientação sexual alheia. Rapidamente, o movimento LGBT se organizou e se reuniu em peso no mesmo local com cartazes e apitos na mão. O espetáculo estava feito, e reuniu curiosos e agitou aquela segunda feira ensolarada. Na época, o então arcebispo Dom Anuar Battisti chegou a emitir nota informando que não havia autorizado a campanha nem tinha conhecimento da vinda dos herdeiros da TFP. Em 2020, o grupo Arautos do Evangelho, com origem no mesmo ramo ultraconservador da Igreja Católica, anunciou sua vinda para Maringá, com a construção de um “castelo” na cidade.
Desde sua criação, os Arautos têm sido alvo de denúncias e investigação sobre casos de aliciamento de menores, humilhação, tortura física e psicológica, assédio e estupro. Os Arautos foram tema de matéria especial do Fantástico falando sobre as denúncias e investigações. O grupo é apoiador declarado do presidente sainte Jair Bolsonaro.
Foto: Maringay