O nome do deputado federal maringaense Enio Verri (PT) já é considerado consenso da cúpula do Partido dos Trabalhadores para assumir a direção-geral da Itaipu Binacional. A confirmação por unanimidade de Zeca Dirceu como líder do partido na Câmara Federal faria parte do acordo.

Por enquanto o único entrave é o ex-governador e ex-senador Roberto Requião, que recusou a vaga de conselheiro (cargo que foi ocupado por sua ex-contratada Cida Borghetti na gestão Bolsonaro, um salário de R$ 27 mil por uma reunião bimestral). Requião considerou o cargo “uma esmola” e “humilhação” – não pelo valor dos vencimentos, mas pela falta de consideração da direção do partido. Verri já foi secretário de Planejamento numa das três gestões de Requião como governador.

O martelo, porém, já teria sido batido e o acordo somente não será fechado se for uma decisão unilateral, de última hora. Em lugar de Verri asumiria o atual vereador Elton Welter, de Toledo, que fez 21.118 votos. Se realmente Verri assumir Itaipu, Maringá passará a ter na Câmara dos Deputados somente metade dos deputados federais que elegeu na última eleição.

Por Maringá foram eleitos quatro deputados no ano passado, mas Ricardo Barros (PP) vai se tornar secretário de Indústria, Comércio e Serviços da segunda gestão do governador Ratinho Junior. Os dois mais votaram receberam 202.104 votos; permaneceriam na Câmara Sargento Fahur (PSD) e Luiz Nishimori (PSD), que juntos receberam 234.359 votos. Londrina, depois de algumas legislaturas, passaria a ter mais deputados federais que Maringá: 4 a 2.

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