Do enviado especial, via Zé Beto:

Ontem, no voo TAM 3681 de Curitiba para Brasília, o senador Sergio Moro era a imagem do solitário: aboletado na poltrona 2A Premium não conseguiu a devida e esperada socialização a um ‘incitado’ senador.

À sua frente próceres da Justiça estadual que nada o festejaram, ao seu redor cinco deputados federais que nada conversaram durante o voo. Atrás de sua poltrona o absorto presidente da Fiep, Carlos Walter Martins Pedro, que somente o cumprimentou na hora de pegar a bagagem. No trajeto, logo atrás da cabine Premium, estavam mais deputados federais, o senador Flavio Arns e o ex-senador Alvaro Dias, derrotado por Moro nas últimas eleições e que não fala com ele há muito tempo.

Ao final da viagem, levantando de seu assento e dirigindo-se ao deputado Toninho Wandscheer, que acabara de conhecer como coordenador da bancada federal ele disse: – Nossa, nesse voo daria para fazer uma reunião da bancada do Paraná!

Sergio Moro é o retrato do peixe fora d’água na política brasileira. Sua esposa, a deputada paulista Rosangela Moro, já protocola uma frente parlamentar em defesa de tratamentos de doenças raras, mesmo com outro parlamentar de São Paulo arrebanhando assinaturas de apoio para outra frente idêntica. Típico caso de falso protagonismo em Brasília – e isolamento à  vista para o douto casal, por ora separado pelos flats oficiais.

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