O fator Assunção
Antonio Pedro Assunção, mineiro de Pará de Minas, foi vereador em Maringá (1969-1972) e secretário municipal (1973-1976). Em 1976 foi o único secretário municipal a disputar a prefeitura, e por isso era conhecido como o candidato oficial do então prefeito Silvio Barros.
Arena e MDB podiam ter três legendas cada; o MDB tinha, além de Assunção (que tinha o vereador José Rodrigues do Nascimento como vice, o advogado Horácio Raccanello (o vice era João Batista Sanches) e Walber Guimarães (com o vereador Edi Froeming na vice). Walber era vice-prefeito da cidade, mas estavam atritados.
Nos bastidores, todos diziam que o candidato do coração do emedebista Barros era da Arena, o ex-promotor João Paulino Vieira Filho, que teve Sincler Sambatti na vice. Said Ferreira/Nhô Juca e Gabriel Sampaio/Egídio Asmann formavam as outras chapas arenistas.
João Paulino venceu com 18.535 votos contra 3.554 votos dados ao ‘candidato oficial’ Antonio Pedro Assunção – que foi o último colocado naquele pleito. Desde então a política maringaense adotou em ano eletoral o termo “ele é o Assunção do prefeito” – que significa uma espécie de ‘boi de piranha’ político, alguém que é lançado numa disputa eleitoral somente com o objetivo de perder, geralmente sem saber.
A foto acima, em versão colorizada, mostra Assunção em pé, enquanto (da esq. p/ a dir.) aparecem Ary de Lima, ex-vereador e ex-deputado federal (que denunciou na Câmara Federal o ‘banheiro de ouro’ do ex-prefeito Barros), autor da letra do Hino a Maringá; do ex-prefeito Adriano José Valente; e do advogado Ademaro da Silva Barreiros, que filiou-se à OAB dois antes de a subseção local existir.
Foto: Projeto Eu Amo Maringá