Os senadores que integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia recorreram ontem da decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, que arquivou uma apuração preliminar contra o atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, deputado licenciado Ricardo Barros (PP), que foi líder do governo Bolsonaro na Câmara.
A apuração preliminar foi aberta pela Procuradoria-Geral da República depois da entrega do relatório final da CPI, informa Lucas Mendes, no site da CNN .
A suspeita era de que Barros tenha cometido o crime de integrar organização criminosa ao lado de outros investigados no processo de contratação da vacina Covaxin, a mais cara a ter negócio firmado com o Ministério da Saúde para ser usada no combate à pandemia.
O ministro Nunes Marques decidiu arquivar a apuração em 15 de junho, a pedido da PGR. O órgão argumentou que não haviam indícios mínimos para sustentar o oferecimento de uma denúncia.
Na decisão, Nunes também mandou à primeira instância da Justiça Federal as investigações do caso sobre empresários e servidores do Ministério da Saúde, para prosseguimento das apurações. No recurso, os senadores Omar Aziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros pedem que Nunes reconsidere sua decisão, revogando o arquivamento e determinando a instauração de um inquérito. Leia mais.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado