A noite deste domingo (2) foi abrilhantada pelas crianças do Ballet Municipal de Maringá, que se apresentaram no teatro Reviver Magó.

Foi também a despedida da professora Susi Domen, que está se aposentando. Ela foi professora de ballet, servidora municipal concursada, desde 1994. Graças a toda sua dedicação, ao compromisso com a arte, ao carinho com as crianças e à segurança de ter um emprego garantido, ela pôde dirigir esse trabalho por quase 30 anos. E o fez maravilhosamente bem.

Mas o Ballet corre risco de acabar!

O secretário de Cultura, Victor Simião, disse na apresentação de ontem que estão contratando uma nova professora, mas deu um prazo ainda incerto (para meados de agosto ou setembro). A professora Susi vem indicando a aposentadoria há mais de um ano. Já não deveríamos ter outra professora contratada? Por que a demora?

Outro ponto problemático é a forma de contratação. Não haverá concurso público neste momento. Será feita uma licitação para que as professoras se inscrevam como pessoa jurídica. Será contratada a que oferecer o menor preço. Isso é péssimo, pois precariza o trabalho da professora, obrigando-a a oferecer seu trabalho de forma barata, tendo, portanto, que fazer outros trabalhos fora do Ballet. Além disso, também coloca a vida da professora e o ballet na insegurança, pois fica incerto se continuará empregada e se poderá desenvolver o trabalho de forma adequada, continua e duradoura.

Queremos mais arte, mas para isso é preciso manter e melhorar as condições de trabalho, não piorá-las. Queremos mais concursos públicos para que tenham aulas de ballet também nos bairros, nos centros de lazer e nas escolas. Precisamos também de aulas de outras danças, de outras artes, de outros esportes…

Por que não fazer o concurso?

Maringá, que é uma cidade com tanto capital, não pode abdicar de valorizar seu povo, suas crianças. Fica aqui, portanto, nosso pedido para que a prefeitura contrate professoras de forma adequada. Seguimos na luta para que a arte em Maringá não morra e seja cada dia mais popular!

(*) Thiago Ferraiol é professor da UEM, militante do PCB, atual presidente da Sesduem e pai de aluna do Ballet Municipal

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