Para desprazer dos chefes do centrão, diz o site O Bastidor, a primeira-dama Janja Lula da Silva está podendo cada vez mais. Depois de ajudar a segurar Nísia Trindade no Ministério da Saúde, ela intercedeu junto ao presidente para evitar a demissão da presidente da Caixa, a petista Maria Rita Serrano.

Caso Lula cumpra a palavra, será uma extraordinária mudança de sorte para a sindicalista Rita Serrano. Há semanas, os demais integrantes da cúpula da Caixa dão como certa a demissão dela, continua o blog, já que o cargo seria cedido ao PP. Líderes do Progressistas brigavam para formalizar a indicação. Gilberto Occhi, Nelson Antônio de Souza, Paulo Henrique Costa e Margarete Coelho foram indicados, e até Ricardo Barros, licenciado de mandato, quer no cargo sua mulher, a ex-conselheira de Itaipu Cida Borghetti.

Barros conseguiu ser líder de Jair Bolsonaro, a quem não apoiou em 2018, após colocar a faca em seu pescoço: lembrou que quem cassa presidente é o Legislativo. Colocou a mulher em Itaipu depois que o ex-presidente ter colocado nele a responsabilidade pelo caso Covaxin. Ou seja, resta saber se Lula é tão flexível quanto seu antecessor.

Quem ganha projeção, se o centrão não tomar a Caixa, é a própria Janja. Afinal, lideranças nacionais importantes do PT permanecem quietas sobre a possibilidade de algum ou alguma bolsonarista assumir a Caixa.

Foto: Ricardo Stuckert/PR