PL, o sonho antigo de Barros

PL pode integrar oficialmente o condomínio do PP?

Antes de ter negado o pedido para ficar com o Republicanos em Maringá, mesmo tendo oferecido o deputado federal Toninho Wandscheer (PP) de brinde, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços do governo Ratinho Junior (PSD), Ricardo Barros, já mexia os pauzinhos para ficar com o Partido Liberal. As chances de ficar com o partido não são desprezíveis.

Comenta-se nos bastidores que o afastamento do deputado Fernando Lucio Giacobo não é descartado, pois Barros continua andando mais por Brasília do que por Curitiba, onde fica sua secretaria, e conversado com o presidente nacional, o ex-presidiário Valdemar Costa Neto. A questão é o tamanho da briga que uma mudança poderia ocasionar: o deputado Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro, de Londrina, é hoje o primeiro vice-presidente e Paulo Eduardo Lima Martins, de Curitiba, o segundo. Por tabela, seria afetado o PL maringaense, que tem namoro firme com o União Brasil.

Barros, que vinha em descendente nas últimas eleições, elegeu-se em 2022 posando de bolsonarista, aproveitando ter sido líder do governo do inelegível na Câmara Federal. Ganhou a indicação e a fama de bolsonarista apesar de não ter feito campanha para o ex-presidente e, pelo contrário, ameaçar seu cargo veladamente, ao lembrar que é o Congresso que cassa presidente, tática conhecida nos meios políticos como “faca no pescoço”. Foi a deixa para que o centrão tomasse conta do governo passado, com direito à chefia da Casa Civil.

O político maringaense tenta se aproximar mais de Filipe Barros, e tem em Paulo Eduardo um possível futuro adversário, na eleição que deve acontecer em 2024 pela vaga de Sergio Moro (União Brasil) no Senado. Ambos são pré-candidatos, mas terão que se preocupar com a possibilidade anunciada ontem por Bela Megale, de O Globo: a saída de Fernanda Moro, mulher do ex-juiz federal nascido em Maringá, que voltaria a mudar seu domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná, em busca da cadeira hoje ocupada por seu marido, às voltas com denúncias de uma série de irregularidades. Michelle Bolsonaro (PL) também estaria interessada em disputar a mesma cadeira.