Quem comandará o PRD em Maringá?

Novo partido surge a partir da fusão de do PTB e do Patriota

A aprovação da fusão entre duas siglas – o tradicional PTB, desfigurado na época de Roberto Jefferson, e do Patriota, que um dia se preparou para receber Jair Bolsonaro – faz acender a fome de político locais. Afinal, com quem ficará o controle do PRD na cidade?

O que se sabe mesmo é que o partido que surge tentará uma linha longe da extrema-direita, o que faz a mudança na direção local ser quase uma obrigação. O PTB já estava sem executiva municipal desde dezembro do ano passado, quando era presidido por Akito Willy Taguchi. De acordo com a Justiça Eleitoral, a executiva estava supensa por falta de prestação de contas.

Já o Patriota durou até junho deste ano em Maringá. A sigla era presidida pelo advogado Eliseu Alves Fortes, que foi candidato a prefeito em 2020, tendo 1.153 votos, à frente somente do PTC e do Cidadania.

O novo partido iria se chamar Mais Brasil, mas após deliberações internas foi feito novo pedido para alterar o nome, o que foi aceito pelo TSE, que aprovou a fusão por unanimidade. O PRD deverá ter o número 25 nas urnas.

Fundado em 1981 e por muitos anos controlado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, o PTB optou pela fusão depois de não ter conseguido eleger nenhum deputado nas eleições de 2022. Isso fez com que a agremiação ficasse sem recursos do Fundo Partidário e sem tempo de propaganda eleitoral em rádio e TV. O Patriota, por sua vez, elegeu cinco deputados. 

Pela cláusula de barreira vigente, para ter acesso aos recursos públicos a legenda precisa eleger pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação.

Alternativamente, o partido pode superar a barreira se, mesmo elegendo número menor de deputados, obtiver 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara, distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas.

Ao aprovar a fusão em convenção nacional, os dirigentes da nova sigla PRD decidiram também banir Jefferson dos quadros do partido, diante do episódio em que o político foi preso após reagir com tiros a uma ordem de prisão preventiva, no ano passado. (C/ TSE)

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