Mimo gelado

Sorvetes para todos da Câmara de Maringá

O vereador Sidnei Teles (Avante) postou em rede social o presente dado por uma sorveteria, cujo dono ele homenageou recentemente. O mimo foi distribuído aos vereadores, assessores e funcionários do Legislativo, dentro da legislação, que estabelece em R$ 100,00 o valor máximo de um presente que se pode dar a servidor público.

O estabelecimento há alguns meses recebeu a visita da fiscalização da prefeitura, por dispor de forma irregular mesas e cadeiras nas calçadas, em cima inclusive do piso tátil, para pessoas com deficiência, e por avançar a construção de bancos sobre o próprio público. Já o Legislativo viu o outro lado, o empresarial, já que a marca privada é franqueada em vários países.

Da mesma forma, a Comenda Dom Jaime Luiz Coelho, a mais alta honraria que um maringaense pode receber, foi dada a outro empresário que, desrespeitando a legislação, levantou uma construção em terreno de mais de 7 mil metros quadrados na avenida Monteiro Lobato. Sem projeto, sem alvará, sem responsável técnico e tudo o que os demais mortais maringaenses não podem fazer. A obra, uma igreja, como publicado ontem, foi embargada em julho.

A discussão em torno da justiça de homenagens prestadas por agentes públicos vai longe. O que é assustador, porém, é saber que ainda tem servidor público que ocupa cargo de chefia – na Câmara de Maringá, por exemplo, onde são feitas as leis que os contribuintes devem obedecer – que defende o desrespeito à lei para poucos privilegiados, quase divindades.

Foto: Redes sociais