Para onde vamos?

“Que em 2024, aprendamos ao menos a protestar e a realizar panelaços”

Os R$ 53 bilhões de emendas impositivas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado bloqueiam qualquer meta estratégica e de interesse de crescimento nacional, para assegurar verbas de duvidosa aplicação nos currais eleitorais dos congressistas.

Já os R$ 5 bilhões de fundo eleitoral, recursos do tesouro nacional pagos com muitas dificuldades pelos pagantes dos mais elevados impostos do mundo, sem a contrapartida de serviços públicos de qualidade, são a certeza de reeleição dos mesmos profissionais políticos de sempre e de maior preço  no planeta.

Estamos entre as dez maiores economias do planeta e a violência cresce assombrosa mente, fruto do desemprego e da miséria de nossa maioria sem perspectivas de um futuro melhor.

Nossas empresas estatais que custaram o suor e o sangue de nossos antepassados são vendidas geralmente para empresas de capital aberto que mais e mais abrigam a destinação de comando a grupos internacionais que mais e mais vão se tornando donos de nossas terras e de nosso capital nacional.

Nossa dívida pública e os pagamentos de juros pela rolagem da dívida são invariavelmente o pretexto da desnacionalização do Brasil. Made in China ou USA são rótulos que nem mais assustam nossa gente.

A Embraer não é mais brasileira, o Banespa, a Eletrobrás…e no Paraná fizeram com o Banestado, a Copel e o Porto de Paranaguá.

Que em 2024, aprendamos ao menos a protestar e a realizar panelaços, ao menos como os nossos vizinhos irmãos argentinos.


(*) Tadeu França – ex-deputado federal constituinte 

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado