Ação popular questionará a CMNP

Devanir Almenara: Companhia teria vendido terras que eram do município

Devanir Almenara, que venceu concursos de música no auditório da extinta Rádio Cultura e neste final de ano é visto cantando em aplicativos de mensagem, prepara uma ação popular para 2024. Ele, que no passado denunciou a transação irregular envolvendo o ex-prefeito Silvio Barros II (PP) e uma tia, a propósito de um terreno público, e também foi responsável, na mesma época, pela abertura de sindicância para apurar tentativa de extorsão de um ex-secretário municipal (o resultado até hoje ninguém conhece), mira agora na Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, que colonizou Maringá, e que agiria como “coronéis”.

Ele promete desvendar os segredos da CMNP, a quem acusa de vender terrenos que pertencem de fato ao município, depois de várias pesquisas documentais. Seria o caso, veiculado aqui anteontem, sobre a venda de 4 alqueires nas imediações do Horto Florestal, envolvendo terceiro de boa fé, mas fechada agora com um secretário estadual do governo Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Ele buscará anular judicialmente a venda pela Companhia Melhoramentos do local, em 1971, o que por sua vez anularia a aquisição feita em setembro pelo deputado licenciado Ricardo Barros (PP), por se tratar de caso semelhante a outros em que a empresa se apropriou de áreas municipais.

Devanir Almenara também busca reabrir no MP o processo que apurou, sem sucesso, o sumiço de documentos na gestão Silvio Barros II envolvendo a Sial Construções Civis (a que construiu o terminal e está fazendo o eixo monumental). Há um caso emblemático do tempo do ex-prefeito Said Ferreira: ele registrou o Parque do Ingá como sendo do município, isso anos depois de ter sido inaugurado na gestão de Adriano Valente. A administração, acredita, poderia fazer o mesmo em relação ao Horto Florestal Dr. Luiz Teixeira Mendes, formalizando ser proprietária do local. Protocolizada a ação popular, Maringá deve acompanhar uma série de esclarecimentos e retomadas de terrenos que não são da CMNP, algo que configuraria abuso ignorado até hoje pelos poderes constituídos, em especial o Executivo e o Legislativo.